5.º DOMINGO da QUARESMA
Na reta final do caminho quaresmal, o evangelho ilumina a consciência dos catecúmenos, os adultos que se prepararam para celebrar os Sacramentos da Iniciação Cristã: Batismo, Confirmação e Eucaristia; dispõe os batizados a participarem plenamente na celebração da Páscoa semanal (domingo) e remete para a renovação anual das promessas batismais na Vigília Pascal.
«Betânia» é a casa da graça, nome revelador do que vai acontecer. Aí, a morte e a «ressurreição» de Lázaro prefiguram profeticamente a morte e ressurreição de Jesus Cristo.
Aquela morte e ressurreição também remetem para a graça batismal: no batismo, mergulhamos na morte para o pecado e, com Jesus Cristo, entramos na vida para Deus.
O episódio, mais do que destacar a situação de Lázaro, tem por finalidade conduzir o leitor/ouvinte ao núcleo do diálogo com Marta: a fé na ressurreição e na vida.
«É profundo o vínculo entre a Sagrada Escritura e a fé dos crentes. Sabendo que a fé vem da escuta, e a escuta centra-se na Palavra de Cristo, daí se vê a urgência e a importância que os crentes devem dar à escuta da Palavra do Senhor» (Papa Francisco).
Esta segunda parte da Quaresma (terceiro, quarto e quinto domingos) confirma que, mais do que uma lista de «penitências», importa alimentar-se da «palavra que sai da boca de Deus», sejam quais forem os sofrimentos ou as provações – a última das quais, é a morte. Nós, batizados em Jesus Cristo, sustentados pela Palavra, transportamos connosco a garantia de que o nosso ser não tem como meta a morte eterna, mas a vida eterna.